Quem pensa no sucesso de Maurício de Souza, o pai da turma da Mônica, talvez se esqueça de outros muito quadrinistas que sonham em fazer do hobby uma profissão. O 6º FIQ foi a oportunidade para alguns amadores mostrarem seu talento, venderem suas revistas ou conhecer o trabalho dos colegas.
O advogado Washington Araújo Carigé Filho, 27, é um deles. Integrante da equipe produtora da revista Aurora Comics ele trocou terno e gravata por uma camisa em que se lia “Eu acredito em super heróis” e veio de Salvador divulgar seu trabalho. “Eu fiquei muito preocupado com grana”, justifica a escolha da profissão, mas ressalta que é de desenho que ele sempre gostou. Carigé explica que advogar não é sua paixão, mas sua fonte de renda, por isso tem se preparado para entrar no mercado de computação gráfica e “se dar bem”.
O quadrinista-arquiteto Renato Sambi Colotto, 42, também trocou as roupas de trabalho par ir ao 6º FIQ. Ele escolheu uma fantasia de elfo, que usará no Anime Festival, para vender suas revistas a R$ 1,00 e desenhar. Ele não está nos stands, mas em uma das mesas da área de alimentação, os cabelos longos e a fantasia, com direito a cajado revelam outro hobby, o de costureiro, já que foi ele quem confeccionou a roupa.
A arquitetura foi escolhida porque ele gostava de desenhar e também porque o irmão mais velho era arquiteto. Ele gosta da profissão e acha que ela o realiza um pouco, mas o que quer mesmo é que os quadrinhos se tornem seu trabalho. Ele ressalta ainda que o mercado é fechado, que o traço dele não é o normal e que não gosta de seguir o padrão comercial.
O Web designer Thiago Mallet, 26, mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG com o tema “Os quadrinhos e a Internet”, também acredita que é difícil entrar no mercado brasileiro de quadrinhos. Ele ressalta que há demanda no Brasil, mas que os quadrinhos estrangeiros são mais valorizados, em detrimento dos nacionais. Thiago produz revistas por conta própria e as divulga em seu site na internet. Ele conta que gosta da profissão, mas enfatiza “Eu queria ser quadrinista com certeza”.
O advogado Washington Carigé pretende fazer do desenho sua profissão
É sempre assim... (Sniff)
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