Histórias que poderiam virar quadrinhos

Festival reune público variado

Os visitantes do FIQ se divertem atraídos pela possibilidade de conhecerem histórias em quadrinhos e verem desenhos de artistas do mundo inteiro. Entretanto, o próprio festival, por reunir público muito variado, acaba por abrigar diversas histórias individuais, que poderiam virar quadrinhos. “Arte e variadas realidades convivendo em um ambiente colorido e cheio de burburinhos”, resume o Artista Plástico Gabriel Mesquita, que produz a revista em quadrinho Samba.

Dentre as curiosas histórias de visitantes, está a do policial aposentado Fuad Abdala. O confesso apaixonado por quadrinhos, diz que colecionava revistinhas desde criança, e já chegou a ter milhares delas. “Antes eu tinha mais de três mil revistinhas, agora tenho apenas quinhentas”, contabiliza. O que chama ainda mais atenção é o motivo da redução do número de revistas. “Eu tive que dispor das minhas revistinhas, para pagar as multas de transito do meu filho”, afirma.

Já a estudante Renata Esteves, diz que o que a motivou a conhecer o festival foi tentar compreender a “fixação” do namorado pelo mundo dos quadrinhos. “Isto sempre foi um motivo de briga entre a gente. Muitas vezes, quando estou na casa dele, tento conversar, mas ele não desvia o olho das revistinhas para me dar atenção. O pior, é que se eu pego alguma para ler e entender o que o prende tanto ali, ele fica cheio de ciúmes, mas não de mim, da revista. Ele fica falando para eu ter cuidado e não amassar as pontinhas da revista”, conta rindo.

Unidos virtualmente pelo mundo dos quadrinhos, os editores das revistas independentes Samba, Lucas Gehre Gabriel Mesquita e Gabriel Gos, só conheceram pessoalmente o editor da revista Prego, Alex Vieira, com quem se comunicam desde 2007, nesta edição do FIQ. “Alex edita a ‘Prego’ há dois anos e nós somos colaboradores da revista. Mas como moramos em cidades diferentes, só agora, neste evento, estamos tendo a oportunidade de conhecê-lo”, explica Lucas Gehre, que brinca ser a aparência de Alex “melhor em foto que pessoalmente”.