Entrevista Ping-Pong com o quadrinista Marko Adjaric

Marko Adjaric, 47 anos, é um dos artistas que está trazendo suas obras para serem expostas no 6º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Ele, que desde os 13 anos se dedica aos quadrinhos, estava no Palácio das Artes na manhã da abertura do evento, no dia 6 de outubro, aguardando a chegada de suas peças, que já seriam expostas na inauguração do festival, quando foi abordado por nossa equipe. Segundo ele informou, suas obras já estavam no aeroporto, à caminho do Palácio. O artista aproveitou esse intervalo para conferir a exposição de seus amigos quadrinistas.

-Porque o senhor está participando desse festival de quadrinhos?
Porque dirijo o maior site de quadrinhos do mundo (www.neorama.com.br) que possui sinopses & antecipações, resenhas, entrevistas, humor, artigos, eventos e fatos, além da agenda de festivais de quadrinhos no Brasil. No Fiq estou trazendo publicações de quadrinhos de 55 países, dos mais diferentes locais. Desde novembro de 2008 estou juntando essas publicações e as recebendo de diversas partes do mundo.

-Na opinião do senhor, qual a importância desse tipo evento para os artistas que fazem trabalhos com quadrinhos?
É importante para que as pessoas vejam essas produções, além de ser importante para mostrar que no mundo todo existem pessoas que trabalham com os quadrinhos, que investem nessa arte. Isso é legal para mostrar a pluralidade dessa arte.

-Como começou o envolvimento do senhor com esse tipo de arte?
Comecei a escrever na Tribuna da Bahia, em 1975. Tinha apenas 13 anos e publicava quadrinhos franceses. Me inspirei no melhor jornalista de quadrinhos, que era da Tin Tin, chamado Vasco Granja (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_Granja), que era português, falecido há três meses. Depois que conheci as publicações dele passei a seguir seus passos.

-Na opinião do senhor, como os artistas que trabalham com quadrinhos são vistos no país?
Acredito que os quadrinhos no Brasil está melhorando. Esses festivais são importantes para mostrarmos para o povo que o Brasil não tem somente gibis infantis, tem gibis para todas as idades e para todos os públicos. Belo Horizonte, com certeza, tem o melhor festival de quadrinhos do país.

-O senhor foi convidado para participar desse festival ou demonstrou seu interesse para os organizadores?
Fui convidado por demonstrar meu interesse em mostrar minha arte aqui. É muito enriquecedora essa experiência.

-Essa é a primeira vez que o senhor participa do Fiq?
É a primeira vez que venho ao Fiq, pois na edição passada, a 5º, estava representando o Brasil em um festival internacional de quadrinhos em Portugal.