Bruno Azevêdo veio do Maranhão para prestigiar o Festival Internacional de Quadrinhos e para divulgar seu novo livro: “Breganejo Blues – novela trezoitão”.
Com uma linguagem crua, enxuta e direta, Bruno conta a história sobre uma dupla sertaneja que para alavancar a carreira decide armar a morte de um de seus integrantes. Uma novela policial que mistura bangue-bangue, anúncios pitorescos, quadrinhos, música brega e histórias de corno. E que tem um taxista viciado em Tex Willer.
Com uma linguagem crua, enxuta e direta, Bruno conta a história sobre uma dupla sertaneja que para alavancar a carreira decide armar a morte de um de seus integrantes. Uma novela policial que mistura bangue-bangue, anúncios pitorescos, quadrinhos, música brega e histórias de corno. E que tem um taxista viciado em Tex Willer.
Nesse contexto, um dos integrantes da dupla é homossexual e possui uma mulher de fachada, que tem um caso com o outro integrante da dupla, que por sua vez, tem relações inclusive com o próprio companheiro. Nas palavras de Bruno seria: “Um é viado, que por sua vez tem uma mulher de fachada, que por sua vez é comida pelo outro integrante da dupla, que por sua vez come inclusive o companheiro”. Isso sem falar das fãs, que eventualmente engravidam e recebem um dinheiro para o aborto.
De maneira descontraída e com expressões nordestinas, Bruno trata de assuntos como: operação de mudança de sexo e “chifre de corno”, dando sempre destaque ao brega cultural. Segundo Reuben da Cunha Rocha, jornalista e poeta, é difícil de localizar o “Breganejo Blues” literariamente, porque o livro atravessa categorias estranhíssimas à literatura. O livro seria uma particularidade dentro da literatura e isso é um mérito do próprio autor, completa o jornalista.
O livro é composto por 127 páginas e 17 capítulos, além das tirinhas para ilustração. Acompanhe um trecho do capítulo 7 do livro:
07. clodhovylton
Uma vez levaram o Waldick Soriano para receber uma homenagem. Ele foi, coisa do empresário dele.
Chapéu na cabeça, raiban.
Boate de biba, troféu de reconhecimento gay da obra do Waldick.
Os caras falavam e Waldick ficava na dele, sorria pelo protocolo.
Era uma daquelas pegadinhas do Gugu, mas o Waldick fudeu com o empresário assim mesmo, eu vi.
O Gugu é pros breganejos o que o Caetano é pro axé.
A obra está disponível em versão digital, no site www.mojobooks.com.br
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