Alunos da UFMG discutem sobre exposição
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Mostra Liniers
Ricardo Liniers é o cartunista mais importante da Argentina nos dias atuais e o seu trabalho tem ganhado mais corpo neste ano no Brasil. As tiras dele, a série Macanudo, são publicadas no jornal Folha de S.Paulo desde o mês de junho desse ano.
No entanto, foi no diário La Nación que suas ilustrações atingiram sucesso e tomaram a forma atualmente conhecida. Utilizando-se de lápis, nanquim e aquarela, o artista abusa de situações autobiográficas e sugere um mundo mais justo, onde o humor é sutil, bobo e existencialista ao mesmo tempo. Formado em publicidade, Liniers faz ilustrações desde criança. Antes de ficar conhecido, publicou seus desenhos em várias fanzines.
A nova geração da Turma da Mônica
Luiz Paulo, leitor da Turma da Mônica, disse que vai continuar acompanhando a fase jovem
Quem não conhece a Turma da Mônica de Maurício de Sousa, a Mônica, o Cebolinha, o Cascão? Muitos foram e ainda são leitores dessas histórias em quadrinho, mas poucos sabem da nova geração da Turma.
Luiz Paulo Xavier, 10, diz que aprendeu a ler com os quadrinhos e que até hoje lê muito a Turma da Mônica. “É muito divertido, e eu quero continuar lendo historinhas até quando estiver grande, igual a turma”, comentou Luiz. Ele está falando das novas aventuras dos “filhos” de Maurício de Sousa. Agora eles cresceram, são adolescentes e passam por novas experiências, além de deixarem curiosos os antigos leitores desses quadrinhos. Augusto Fernandes Gobbi, de 23 anos disse que cresceu lendo a Turma da Mônica e se surpreendeu com as novas histórias. “Não gostei muito da fase jovem da Turma, tentaram inovar, mas acabaram com um clássico dos quadrinhos, podiam desaparecer com essas edições”, disse Augusto com um tom de humor.
Mais fotos do FIQ? Acesse www.flickr.com/photos/ricardomallaco
Para aqueles que perderam o evento
Quadrinhos na ditadura militar
Os quadrinhos são mais importantes do que muita gente imagina. É que por trás de cada desenho encontra-se a enunciação, o subjetivo. Além de apreciar os traços é preciso ler através deles para entender o sentido maior guardado pelo lápis do artista. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX com um estilo satírico e influenciado por artistas estrangeiros. Mas foi em meados dos anos 60, no entanto, que esta característica foi utilizada não só para divertir mas para criticar, dar voz ao povo e dizer não a um período que marcou a nação brasileira: a ditadura militar. O Pasquim foi o grande representante do gênero e através de variadas vertentes dos quadrinhos, como as charges, contestou a política vigente e driblou a censura instaurada pelos militares de forma divertida, tornando-se porta-voz da indignação social. O semanário nasceu em 1969 após a união do cartunista Jaguar e dos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral. Durante os 22 anos de existência passaram pela equipe figuras notáveis como Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna.
Em um dos salões do Palácio das Artes, no stand da Leitura, Erick Azevedo divulgava a primeira edição da revista Talismã ,da qual é editor, e compartilhava suas idéias sobre a importância de se valorizar mais os quadrinhos enquanto arte e fonte de informação. Ele lembra dos tempos do Pasquim com sorriso no rosto e considera a publicação como indispensável formadora de opinião. Segundo Erick todos deveriam ter acesso aos exemplares.
Em um dos salões do Palácio das Artes, no stand da Leitura, Erick Azevedo divulgava a primeira edição da revista Talismã ,da qual é editor, e compartilhava suas idéias sobre a importância de se valorizar mais os quadrinhos enquanto arte e fonte de informação. Ele lembra dos tempos do Pasquim com sorriso no rosto e considera a publicação como indispensável formadora de opinião. Segundo Erick todos deveriam ter acesso aos exemplares.
Exposição - Quadrinhos Chineses
Na China há um grande mercado de quadrinhos. Como tudo naquele país, os quadrinhos por lá também estão envolvidos por toda uma mística e tradição. Em vários momentos da história chinesa os quadrinhos foram utilizados em ações políticas e culturais – Mao Tse Tung se favoreceu bastante dessa forma de comunicação e exposição de ideais. As opções são fartas, existem versões quadrinizadas dos contos populares de Pequim, histórias fantasmagóricas e mitos da China antiga, antologias de humor, ensinamentos de mestres e pensadores chineses milenares.
Os quadrinhos chineses sustentam uma semelhança com o mangá japonês e sofrem influência do traço europeu e americano. Além disso, há uma mescla com o estilo usado no quadrinho tradicional chinês, criando estilos originais e fascinantes. As histórias em quadrinhos chinesas são conhecidas como manhua. Significam basicamente “humor” [man] e “desenho” [hua]. Hoje, o manhua é um veículo poderoso de imaginação, comunicação e expressão realizado por meio de vibrantes sequências visuais. Embora exista uma tradição antiga de narração gráfica chinesa, quadrinhos no sentido moderno é um fenômeno relativamente novo por lá.
A mostra foi encabeçada pela editora Xiao Pan, fundada por Patrick Abry. Conta também com trabalhos de Benjamin, Ji Di, Mu Feng Chun, Nie Chongrui, Pocket Chocolate, Rain, Song Yang, Xia Da, Yao Fei La, Zhang Lei e Zhu Le Tao.
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