Um dos principais objetivos do FIQ é promover e lançar jovens artistas. Gabriel Labanca, publicitário, cartunista e um dos criadores e editores da Revista Quase, é um exemplo. Labanca apresenta seu trabalho que comemora sete anos, no stand Revistas Dependentes. Natural de Vitória (ES), o artista atualmente mora no Rio de Janeiro, faz mestrado em História na UERJ e trabalha como freelancer na área de Comunicação.
FIQPUC - Como surgiu a revista?
GL - A Quase foi criada em 2002. Éramos cinco amigos da faculdade de comunicação da UFES com um sonho de fazer e viver de quadrinhos, então lançamos a Quase, uma publicação completamente independente, no mesmo ano.
FIQPUC – O que a revista aborda?
GL - Nossa ideia é sempre fazer humor. Nosso humor é democrático, zoamos absolutamente tudo, não tem padrão, foco. O pessoal até confunde com preconceito, mas não é. Religião, homossexuais, deficientes, vale tudo. Teve até alguns casos de ameaças de processos, mas não deu em nada.
FIQPUC - E a periodicidade?
GL - A periodicidade já foi abandonada há muito tempo. No início a gente pensou numa revista trimestral, mas não deu certo por uma questão de custo e produção. Em seis anos publicamos 13 revistas, mas varia muito.
FIQPUC - Foi por isso que vocês criaram o blog e a TV Quase?
GL - De certa forma sim, também pela questão da convergência de mídia. O blog não foco tanto em quadrinhos, mas sim em texto e vídeo - coisas inéditas - abordando o mesmo assunto da revista, além de ter uma lojinha pra gente vender nossos produtos. Já a TV Quase foi inaugurada esse ano. Aproveitamos que três editores da Quase já trabalhavam com vídeo e lançamos esse canal no Youtube. Além disso, a Quase tem Twitter, Fotolog e Orkut.
FIQPUC - Qual é o maior problema enfrentado por desenhistas brasileiros?
GL - O grande problema é que não tem muitos patrocinadores. As empresas não querem investir em revistas de humor HQ, porque o público é muito pequeno. Não tiro a razão do empresário de não querer investir.
FIQPUC - A maioria dos cartunistas trabalha em outras áreas, incluindo toda a equipe da Revista Quase. Como é a relação de custo de HQs no Brasil? E a questão do Governo, das Leis de Incentivo?
GL - É um sonho viver de quadrinhos, é difícil, mas eu não acho que o governo tem que dar dinheiro para a arte. O artista tem que se virar pra atrair seu público. O governo tem é que investir em educação, nas escolas, para formar público. Não adianta dar dinheiro para fazer filmes e arte que ninguém vê. Tem que ter público e espaço.
Para conferir mais, visite o Stand Revistas Dependentes ou acesse o blog http://www.revistaquase.blogspot.com/.
É isso aí!! Melhor falar de quem já é notícia é descobrir gente que poderia ser :)
ResponderExcluirUm abraço,