
A situação da animação no Brasil e no mundo foi o tema da primeira mesa de debate do 6° FIQ, que aconteceu no dia 06 de outubro, ás 16h30, no Teatro João Ceschiatti. Estiveram presentes Sávio Leite e Lancast Mota, diretores de animação de destaque no país, premiados por várias de suas obras; e o canadense Guy Delisle, que já trabalhou com animações, mas atualmente se dedica unicamente aos quadrinhos.
Os três diretores salientaram o fato de o mundo ter descoberto o potencial da animação. Sávio elogiou a crescente produção de curtas animados no Brasil e lembrou que Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira a contar com um curso de graduação em Cinema de Animação, oferecido pela UFMG. Já Lancast frisou o potencial lucrativo do mercado, já que um curta de animação não requer muito investimento inicial e pode ser bem rentável. “Temos uma coisa que muitos países, como a China, não têm: Criatividade”, disse o diretor. Ele atribuiu à essa criatividade o reconhecimento mundial que alguns curtas brasileiros obtiveram nesses últimos anos.
Mas todos reconheceram que há ainda muitos desafios a serem vencidos pelo setor. Delisle explicou a situação paradoxal da França, país onde reside: Há mais professores de animação que profissionais em si. O problema brasileiro parece ser outro. Lancast diz que a produção de animação requer profissionais altamente especializados, que não aparecem em grande número. Segundo ele, a produção do Brasil ainda é limitada por falta de mão-de-obra qualificada. Sávio ainda criticou o fato de a animação para adultos ainda não ter mercado no Brasil e assim, a produção atual está sempre direcionada ao público infantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário