BH entre Mangás e Quadrinhos

Há décadas fazendo sucesso entre jovens e adultos no mundo todo, os Mangás e os Quadrinhos tomam conta da capital mineira na semana que homenageia as crianças.

Além do Festival Internacional dos Quadrinhos, que começou na quarta, dia 6, BH também será palco para o Anime Festival, nos dias 10 e 11 de outubro, no espaço do Chevrolet Hall, com ingressos à venda por 15 reais, a meia.

O fato de eventos como esses acontecerem com êxito em BH, reforça a idéia de que a cidade é um pólo forte não só na área de consumo, como de produção de Histórias em Quadrinhos (HQs). Para Erick Azevedo, professor de desenho da Casa dos Quadrinhos, o Brasil tem muitos cartunistas que trabalham no exterior, mas ainda tem muito talento para ser revelado, o que falta é fortalecer o mercado nacional. E este é um momento é propício para o crescimento nesse segmento, já que a TV e o cinema vêm se apropriando cada vez mais de técnicas usadas nos quadrinhos, como acontece no filme Sin City – A cidade do Pecado (2005) e Motoqueiro Fantasma (2007).

Mangá X HQ

Criado no Japão, por volta do século V e influenciado pelos ocidentais a partir do século XIX, o Mangá é considerado todo e qualquer tipo de desenho feito por japoneses, e sua forma animada é conhecida como Anime (pronunciado como animê). O que chama atenção nos mangás e os diferencia mais facilmente de outros HQs, são os olhos grandes, a narrativa lenta, as histórias longas, elementos culturais tradicionais e o relacionamento entre os personagens, reflexo dos costumes e da educação peculiar dos japoneses, como explica Erick. Entre os fãs do animês e mangás, há os cosplayers, que se vestem como seus ídolos e costumam se reunir em eventos como o próprio Anime Festival e em menor quantidade, no FIQ também.

Cosplayers são presença certas no FIQ e no Anime Festival

Já os HQs são tão variados que só caberia dizer que a característica comum entre eles é a união de texto e imagem para narrar histórias, usando também elementos culturais e de diversas outras artes.