No FIQ se viu de tudo que é tipo de pessoas, de tribos, estilos e culturas diferentes, mas nada se compara as figuras de Wesley e Marcos, mendigos que não entraram no Palácio das Artes, mas no entorno, no Parque municipal, contaram um pouco sobre o que estava acontecendo ali.
"Acho que é um negócio de quadrinhos né, revistinha, esses negócios. Eu não vou entrar porque estou todo sujo, então eu fiquei aqui fora mesmo.". Assim como ele, Wesley disse que alguns outros mendigos curiosos também não entraram para observar o lugar por vergonha. Marcos, 25, declarou, "Eu não quis ir não, tenho até vontade de ver, mas lá dentro tá cheio de bacana, vai que me colocam pra fora.".
Mas Wesley quando informado sobre alguns dos estandes que existiam dentro do Palácio das Artes, mostrou saber sobre muita coisa ali. "Ih revistinha da Mônica eu lia muito quando era menino, antes de fugir de casa, depois caí na rua e o máximo que eu vejo é nas bancas." "Batman, super homem, esses super heróis eu assistia na televisão, não lia revista não, mas te conto tudo que você quiser saber.". Marcos também conhece sobre o Zé Carioca, personagem que fez parte da exposição de Canini. "Zé carioca era aquele papagaio do desenho do Mickey não é? Se for eu sei sim quem é.".
Ao final da entrevista um pedido de Wesley: "Se você puder pegar pra nós um papelzinho daqueles que eles entregam lá dentro pra ler eu agradeço.". Referindo-se aos panfletos dos estandes da Feira.
A curiosidade dos mendigos em entrar no local era grande, muitas vezes até maior do que a de muitos que estavam lá dentro. Mesmo tendo conhecimento de que a entrada era franca esses rapazes tiveram a sua curiosidade interrompida pela própria condição social.
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